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quinta-feira, 19 de março de 2009

Tartarugas fósseis expostas no México

O México tem um grande patrimônio arqueológico, com grandiosas construções e artefatos milenares de povos antigos. A paleontologia também vem se difundindo no país, como vemos agora com uma exposição sobre répteis extintos, sobre a qual você confere nesta postagem.

Imaginem o México há 72 milhões de anos, o local onde hoje é o estado de Coahuila era um mar durante o período Cretáceo inferior, onde viviam diversas espécies de animais. Dentre os animais, viveram ali tartarugas, que mortas se fossilizaram e foram encontradas por paleontologistas nos tempos atuais. Os fósseis foram encontrados há mais ou menos 4 anos, em diversas áreas da cidade chamada General Cepeda, cerca de 50 quilômetros de Saltillo, em uma formaçao rochosa conhecida como "Cerro do Povo". Segundo o Instituto Nacional de Antropologia e História (Inah), os fósseis serão expostos no Museu do Deserto de Saltillo.
Um especialista em tartarugas, Donald Brinkman, disse que os fósseis são da espécie Euclastes Coahuilenses, considerada no momento a "tartaruga marinha mais antiga do gênero e pertence à família dos quelônios". Segundo os fósseis, o animal chegaria a medir 1 metro de comprimento e 70 centímetros de largura, além de ser um ancestral da atual tartaruga verde.
A diferença entre esta e outras espécies é o crânio arredondado e outras características peculiares, como a mandíbula superior plana, larga e bem desenvolvida. Segundo Inah, estas características indicam que os animais comiam moluscos. Os crânios fossilizados foram analisados e estudados minuciosamente, incluindo um exemplar enviado à Universidade de Austin, no Texas - Estados Unidos. Com uma tomografia, os cientistas puderam estudar a parte de dentro dos ossos através de ressonâncias magnéticas.
Héctor Jaime Treviño, diretor do Centro Inah Coahuila e Nuevo León, assegurou que "Coahuila é o paraíso da paleontologia no México". A tartaruga primitiva permanecerá em exibição no Museu do Deserto de Saltillo. Réplicas serão distribuídas no mundo para a realização de estudos, completou o Inah.

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