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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Um ancestral da baleia dava a luz em terra

Esqueleto de Maiacetus inuus
© Ideonexus
O nome do animal é Maiacetus inuus, um ancestral da baleia que viveu há mais ou menos 47 milhões de anos onde hoje é o Paquistão. Os responsáveis pelo achado foram alguns pesquisadores da Universidade de Michigan, que descobriram dois fósseis do Maiacetus, um macho e uma fêmea em um estado de conservação muito bom, em 2000 e 2004. Leia mais sobre este animal no resto da postagem.
No fóssil da fêmea puderam notar outro fóssil, o de um feto, prestes a nascer, mas com a cabeça em posição contrária aos outros animais marinhos. Geralmente as baleias, golfinhos e outros mamíferos marinhos dão à luz dentro da água, mas para isso o filhote primeiro bota a cauda para fora, em seguida o resto do corpo sai lentamente. Isso ocorre porque o animal é um mamífero, então não respira embaixo da água. Precisa sair à superfície respirar o ar da atmosfera porque usa pulmões para respirar. Se saísse a cabeça primeiro, até nascer o resto do corpo o animal morreria afogado. Porém, no Maiacetus, a cabeça do feto saía primeiro durante o parto, sugerindo aos paleontologistas que ele paria no solo e não na água. Este foi o primeiro feto encontrado de um ancestral das baleias, sendo que por este achado os pesquisadores chamaram o animal de Maiacetus que significa "Baleia Mãe" e inuus que é um deus romano da fertilidade. Os filhotes já nasciam com dentes e podiam alimentar-se sozinhos. O macho encontrado era maior que as fêmeas e consequentemente possuía dentes maiores, adaptados para caçar peixes. Mesmo tendo patas o Maiacetus não se distanciava da água, porque não poderia correr com pernas pequenas mais adaptadas ao nado. Devia ficar o tempo todo na água e saia para a terra para copular e ter os filhotes apenas, diz o pesquisador responsável.
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