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sábado, 6 de dezembro de 2008

Museu de geodiversidade é inaugurado no Rio de Janeiro

O que é geodiversidade? Aposto que pouca gente sabe, mas os paleontologistas atualmente acreditam que é muito importante para aprendermos sobre a evolução da vida na Terra. Aprenda mais sobre isto e sobre o recém inaugurado museu lendo a postagem inteira.

Como explica o pesquisador Emílio Velloso Barroso, chefe do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o termo designa de que maneira a diversidade de rochas, solos e substratos terrestres influencia a vida dos seres terrestres. Complicado não? Veja da seguinte forma: diversidade poderia ser definido como as variedades de alguma coisa não acha ? Então a geodiversidade é a variedade de elementos geológicos, como as rochas, solos etc.

O professor Barroso diz que a geodiversidade pode influenciar a evolução e é isto que ele quer repassar a você leitor, divulgando este conceito e também as pesquisas que envolvem este tema, realizadas pela UFRJ. Para este fim, a universidade criou neste 4 de dezembro o 1º museu sobre geodiversidade do mundo.

A FAPERJ também está apoiando o projeto com dois projetos de popularização da ciência.

O paleontologista Ismar de Souza Carvalho diz que muita coisa importante na nossa vida é determinado pela geodiversidade e graças a ela podemos prever terremotos, vulcões, ciclos naturais de modificação geográfica etc.

O Museu tem a terceira maior coleção de fósseis do Brasil, tudo catalogado pelo Paleo, um sistema do Serviço Geológico do Brasil, que fica disponível na internet. Segundo Barroso, são cerca de 20 mil exemplares de rochas, minerais e fósseis, sendo que a maioria, aproximadamente 15 mil, seriam de fósseis. Com um acervo destes é possível retratar quase toda a história geológica da Terra, permitindo que o público leigo, ou seja, a comunidade em geral, aprenda sobre isto, evitando que o conhecimento fique restrito aos pesquisadores e estudantes do tema, diz Barroso.

Até meteoritos estão no museu, como o famoso meteorito de Uruaçu, composto de níquel e ferro, achado em uma fazenda no interior de Goiânia. Tais meteoritos podem ajudar a entender a formação de planetas e consequentemente o início da Terra diz Barroso. O Museu tem o objetivo de celebrar os 50 anos de criação do Departamento de Geologia e também os 40 anos de pós-graduação em Geologia na UFRJ, a primeira criada no Brasil.
Diversas atrações vão inaugurar o museu, com vídeos explicativos, um vídeo institucional sobre o museu desenvolvido por Gabriel de Alemar Barberes, 23 anos, aluno do 2º período de Geologia e bolsista de Iniciação Científica da FAPERJ.
O vídeo era um trabalho, falando sobre a "Ciência da Terra para a Sociedade", que foi premiado internacionalmente. O vídeo é composto da poesia "Pedras no Caminho" de Carlos Drummond de Andrade, com imagens sendo exibidas em meio à poesia contando a história da evolução geológica na Terra, desde a criação até a chegada do homem. O museu conta com um espaço de 751 m² distribuídos em hall de recepção e corredor de atividades internas e exposições temporárias, uma loja, sala de exposições de longa duração, praça coberta onde há uma réplica de um saurópode e que é usada para eventos e atividades externas.
O museu é um grande incentivo para que os futuros pesquisadores pensem mais em romper com o isolamento, ainda tão comum, das universidades e em divulgar suas pesquisas à população", complementa Ismar Carvalho. O museu fica num espaço nobre da universidade, de fácil acesso, onde antes funcionava uma garagem e um depósito de rochas, no térreo do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), dentro do campus Ilha do Fundão, da UFRJ, em região próxima às principais vias de acesso ao centro do Rio (Avenida Brasil, Linha Vermelha e Amarela). Estará aberto para visitação pública e gratuita de segunda a sexta, das 9h às 17h.

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