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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Albertosaurus

© Gabriel Lio


© Vladimir Nikolov
© Kristie Sherman
Crânio e madíbula parciais expostos no
Royal Ontario Museum

Descoberto na província de Alberta no Canadá, este dinossauro não é brincadeira não, com seus nove metros de comprimento e 3 de altura, dentes afiados e porte de caçador ele seria o rei da sua área. Descrito no fim de 1905 por Henry Fairfield Osborn, seu nome significa Lagarto de Alberta, por ter sido encontrado primeiramente na cidade de Alberta no Canadá, seu sobrenome, sarcophagus, significa comedor de carne. Foram usados os termos do grego "sarx" (carne) e phagein (comer).
O primeiro achado de Albertosaurus ocorreu em 1884, quando encontraram um crânio parcial do animal na Formação Horseshoe Canyon, perto de Red Deer River em Alberta. Depois de mais um achado de crânio, o paleontólogo Edward Drinker Cope afirmou que o animal seria chamado de "Laelaps incrassatus". Depois que perceberam que já havia um animal com este nome, um tipo de carrapado ou ácaro o dinossauro devia ser renomeado e o nome escolhido foi Dryptosaurus em 1877 por um famoso paleontólogo, Othniel Charles Marsh, porém seu arquiriaval na Guerra dos Ossos, E. D. Cope recusou-se a aceitar que Marsh fizesse esta troca, somente consentindo que tal mudança acontecesse em 1904, mas não permitiu o envolvimento de Marsh deixando a troca por conta de Lawrence Lambe que neste ano descreveu os restos fósseis em detalhes.
A partir daí o animal seria chamado Dryptosaurus incrassatus se Osborn não tivesse observado que o gênero Dryptosaurus foi descrito a partir de alguns poucos dentes de tiranosaurideos genéricos e que os dois crânios de Alberta, possuíam diferenças dos fósseis do Dryptosaurus aquilunguis, espécie que deu nome ao gênero.


Escultura em tamanho natural, local e autor desconhecido
A partir disso, Osborn renomeou o espécime em 1905 para Albertosaurus sarcophagus, mas não descreveu em detalhes, aconselhando que se utilizem da descrição de Lambe, feita um ano antes que seria bem completa. Os crânios estão hoje guardados no Canadian Museum of Nature em Ottawa no canadá, porém sabe-se que não apenas estes fósseis são conhecidos, pois segundo os paleonólogos foram encontrados restos de cerca de 30 indivíduos deste dinossauros até hoje.
Um dos grandes achados foi feito ainda em 1910, por mais um dos antigos paleontólogos de renome, Barnum Brown, que encontrou um cemitério de albertossauros ao longo da Formação de Red Deer River, mas não recolheu todos os ossos que estavam ali por falta de tempo, dedicando-se apenas aos mais bem conservados e separados de outros indivíduos. Os ossos estão no Museu de História Natural Americano em Nova York e com os osssos pode-se constatar a existência de pelo menos 9 indivíduos diferentes no mesmo local. Em 1997, paleontologistas do Museu de Paleontologia Royal Tyrrell reencontraram este local e reiniciaram as escavações coletando mais 13 indivíduos incompletos de idades variadas, incluindo menores de 2 anos de idade e até exemplares maiores e muito velhos que chegaram a 10 metros de comprimento.
Em 1913 o paleontólogo Charles Hazelius Sternberg encontrou um esqueleto de tiranosaurideo em Alberta e este após estudado foi nomeado de Gorgosaurus Libratus por Lawrence Lambe no ano seguinte. Algum tempo depois foram encontrados mais fósseis em Alberta e em Montana e algumas diferenças entre os fósseis do Gorgosaurus e Albertosaurus foram encotradas, mas notaram ser um parente muito próximo. Dale Russell considerou que o Gorgosaurus libratus era um exemplar jovem de Albertosaurus, então estes espécimes foram renomeados para Albertosaurus libratus em 1970, aumentando assim o território estimado onde o Albertosaurus viveu e também a sua época foi extendida, por alguns exemplares seriam mais antigos.
Em 2003 Phil Currie comparou crânios de tiranosaurideos e percebeu que os Albertosaurus e os Gorgosaurus não são tão próximos como se pensava, apesar de ser irmãos na taxônomia ele afirma que devem ser nomeados como gêneros diferentes, mas nem todos concordam com ele, embora a maioria aceite sua proposta alguns ainda se recusam a dar crédito a ele.
O Albertosaurus arctunguis é outra espécie descoberta em Alberta por William Parks em 1928, porém desde 1970 é considerada exemplar de A. sarcophagus e seu outro nome não mais é usado. Houve um pequeno tiranosaurideo encontrado também em Alberta, nomeado de Albertosaurus megagracilis , mas depois renomeado para Dinotyrannus que posteriomente foi declarado um exemplar jovem de Tyrannosaurus Rex.
Hoje a espécie mais aceita é realmente a primeira, A. sarcophagus, um predador de médio a grande porte, chegando até 10 metros em casos extremos e até 3 metros de altura. Com sua grande cabeça, que media 1 metro de comprimento em adultos, pescoço em forma de S e em torno de 60 dentes em forma de banana muito afiados era uma máquina de matar perfeira.
Seu crânio possuía fenestras, aberturas que davam leveza e abrigavam os potentes músculos e órgãos sensoriais como olhos e narinas, facilitando sua corrida em busca de uma presa que tentasse fugir. Seus dentes não eram todos iguais, como ocorre na maioria dos tiranosaurideos, mas eram mais numerosos. A forma do dente depende de onde se situa na boca do animal.
Sobre os olhos haviam pequenas cristas que poderiam ser coloridas quando o animal era vivo e talvez servisse de atrativo sexual.
Seu corpo era muito similar ao do T. rex, corpo robusto e braços muito curtos caracterizando a família a qual pertence.
© Julius T. Csotonyi


Com tantos achados de espécimes deste dino, foi possível estudar sua taxa de crescimento. O mais novo Albertosaurus encontrado, com 2 metros, tinha em torno de 2 anos quando morreu e o indivíduo mais velho estava com cerca de 28 anos na data de sua morte, chegando a 10 metros.
Segundo estudos realizados eles cresciam em torno de 122 quilos por ano e chegavam à maturidade sexual aos 16 anos, mas mesmo assim continuavam crescendo, lentamente, mas cresciam.
Os fósseis de albertosaurus jovens ou filhotes são raros, devido à fragilidade dos ossos dos filhodes, se decompõe antes de fossilizar. Mas existem hipósteses a respeito desta raridade, uma delas afirma que pode ter havido mortes em massa em algumas ninhadas de albertosaurus e como os filhotes eram frágeis, se decompunham antes de virar fóssil, assim os poucos restantes logo cresceram mais que qualquer predador da área, exceto albertosaurus maiores, assim fósseis de jovens albertosaurus quase não existem pois eles seriam os predadores do topo da cadeia alimentar da época e morriam apenas em caso de doenças ou algum outro fator. Por volta dos 13 a 14 anos de idade estes animais foram afetados por outro problema de alta taxa de mortalidade, afetando-os e matando a maioria deles nessa faixa etária. Mesmo na vida adulta, os exemplares restantes teriam continuado a sofrer com as mortes, por envelhecimento, ferimentos de luta por parceiros de acasalamento ou por recursos como território, água ou comida. A junção de alta taxa de mortalidade na infância, seguida por uma baixa na juventude e uma alta novamente na idade de maturidade sexual pode explicar porque quase todos os esqueletos encontrados deste animal tinham em torno de 14 anos de vida na época da morte.
O comportamento em vida destes terópodes é desconhecido, bem como suas presas comuns, pois há uma ausência de fósseis de herbívoros perto dos destes terópodes, mas os pelontólogos usam os fósseis dos próprios carnívoros para tentar deduzir como viviam. Phil Currie diz que o local onde foram encontrados 22 esqueletos de albertosaurus não era uma armadilha para predadores, que na época eram formados por elementos naturais como um poço de piche ou algo do gênero e que prendia animais até a morte, mas sim que os terópodes morreram ali todos na mesma época, segundo diz Currie uma evidência de comportamento de banco, indicando atividade social. Isto é algo diferente, pois a socialização em bandos grandes é comum em herbívoros e não em predadores. Outros pesquisadores acreditam que ali os albertosaurus morreram mas naum todos juntos, e foram juntados pela erosão e o tempo ou que alguns albertossauros comiam carcaças e uma possível batalha pelas carcaças pode ter ocorrido entre membros da mesma espécie acabando em várias mortes e canibalismo, que acabaram deixando os vestígios fósseis.
Currie também observou que as pernas dos jovens albertosaurus é comparável à dos ornitomimideos, dinosauros avestruzes que eram provavelmente os mais velozes. Os jovens albertosaurus deveriam ser muito rápidos, às vezes mais que suas presas e desempenhar um papel diferente na cadeia alimentar. Em vez de ser dominante com um bando de adultos, estaria abaixo deles, porém acima dos demais predadores pequenos da região.
Os albertossauros devem ter vivido perto de deltas de rios e lagos, convivendo com alguns herbívoros, geralmente hadrosaurideos como saurolophus e edmontosaurus eceratopsianos como o Styracosaurus. Também conviveram ali com ankylosaurideos, pachycephalosaurideos e outros terópodes.
O albertosaurus ultimamente vem ganhando mais detaque na mídia. Aparece na série de documentários Prehistoric Park, no último episódio da série, quando Nigel Marven volta ao cretáceo no canadá para capturar um deinosuchus e enquanto isto o albertosaurus aparece em dupla, caçando parassaurolofos.
Existem várias espécies de Albertosaurus, algumas sinônimos de outros, clique no link para o Dino Data logo abaixo e confira os nomes.
Fontes: Dino Data, National Geographic Kids, Wikipedia e algumas outras publicações.

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