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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Uberabatitan é o mais novo saurópode brasileiro

Mais um dinossauro entra na lista dos que foram encontrados no Brasil. O nome é Uberabatitan ribeiroi, um saurópode de 15 metros de comprimento ou até mais, que vivia no fim do Cretáceo, entre 70 a 60 milhões de anos atrás e até agora é exclusivamente brasileiro. Leia mais sobre ele expandindo a postagem.

Ismar de Souza carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Leonardo Salgado da Universidade Nacional do Comahue, na Patagônia, Argentina foram responsáveis por descrever a espécie e publicar na revista "Palaeontology" uma matéria sobre o animal. Apesar disso fazem um certo segredo em relação à descoberta e já existem comentários de que estão produzindo uma réplica para ser mostrada ao público.
Os fósseis encontrados em Minas Gerais, na cidade de Uberaba não poderiam ser nomeados de outra forma senão como uma homenagem à cidade brasileira. O segundo nome da espécie é uma homenagem ao diretor do museu Llewellyn Ivor Price que fica em uberaba e apóia as pesquisas , como o diretor é Liz Carlos Jorge Ribeiro, usaram seu sobrenome, daí o nome "ribeiroi".
O mais interessante no Uberabatitan é que era um titanosaurideo, do grupo dos titanossauros, enormes dinossauros quadrúpedes, herbívoros que tinham nas costas pequenos caroços ósseos, calombos chamados de Osteodermes, provavelmente um meio de defesa, pois no período cretáceo carnívoros de grande porte eram abundantes.
O espécime é baseado em várias partes do corpo fossilizadas, contando com vértebras cervicais, dorsais, caudais e costelas e até partes do quadril. Em 1999 outros paleontólogos brasileiros descobriram duas vértebras e começaram uma descrição formal do animal, com estimativas de 15 a 20 metros de comprimento, o que seria o maior titanossauro brasileiro. Porém ao apresentar à uma revista especializada da Alemanha para a publicação, revisores do artigo decidiram negar a publicação julgando que as duas vértebras seriam insufucientes para uma descrição precisa e o nome Uberabasaurus que seria dado ao animal foi rejeitado. Resultado foi que as vértebras estão até hoje no museu exposta em local privilegiado, porém sem descrição. Ao publicarem o artigo sobre o Uberabatitan os paleontólogos começam a acreditar que as vértebras pertençam à mesma espécie ou a um parente muito próximo. Quem sabe novas descobertas em MG trazem algo novo para a paleontologia brasileira em breve, o que podemos fazer é esperar e torcer.

Foto das vértebras do Uberatitan
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